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O agronegócio e seus resultados fiscais e sociais para o Brasil

De robusta contribuição para a economia mato-grossense, o agronegócio mantém números pujantes no que concerne a contribuições fiscais e resultados sociais para a coletividade. Em que pese todo o aporte financeiro proporcionado pelo agro, ele é, frequentemente, rondado por discursos que o condenam quanto a receber incentivos. Cabe ponderar.

É preciso trazer à discussão que o agronegócio representa, continuamente, um expressivo impacto positivo na economia nacional. Em 2017, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu em 1%; desse valor, 79% são compostos pelas atividades desenvolvidas pelo agronegócio.

Ademais, um relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), referente ao período de janeiro a julho do ano de 2018, apresentou resultados que demonstram que o setor em comento garante abastecimento, geração de divisas e controle da inflação. Assim, distante de contribuir apenas com os grandes produtores, a redução da inflação interfere diretamente no bolso de todos os cidadãos, por subsidiar, inclusive, uma queda na taxa de juros.

Para ilustrar, esse dado se comprova em relação à taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), obtida pelo cálculo da taxa média ponderada dos juros praticados pelas instituições financeiras, que define, por exemplo, a conta final de financiamentos; a rentabilidade de investimentos como títulos do tesouro, redução do risco-país, tendência de alta de indicadores de confiança e estabilização do mercado de trabalho e até mesmo o aumento de rendimentos da popular poupança. Além disso, a Selic incide nas quotas do imposto de renda de pessoa física. Segundo dados disponíveis no site da Receita Federal – Ministério da Fazenda, em janeiro de 2017 essa taxa alcançava o patamar de 1,09%; e em janeiro de 2018 chegava ao montante de 0,58%; no mês passado, outubro, a Selic foi de 0,54%.

Outro reflexo da movimentação do agronegócio na economia brasileira foi a redução proeminente do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), também mensurado pelo IBGE. Em 2017, o IPCA obteve o menor valor acumulado em 20 anos, chegando a 2,95%.

Uma atividade como essa, que rende tanto ao País, precisa trabalhar com previsibilidade de inserção em um macrocenário econômico. Para que o setor auxilie no crescimento da economia, é imprescindível que se modernizem e flexibilizem-se os créditos, que a logística do segmento ocupe um lugar de importância, ainda nos planejamentos da administração pública, tendo em vista que o retorno para a sociedade é volumoso preponderante. Outros pontos que merecem destaque, nesse mesmo viés, são: a segurança jurídica, a regularização fundiária, e o aperfeiçoamento das gestões rural, comercial, fiscal, ambiental e social.

Destarte, Mato Grosso tem investido na realização de fóruns que atraem propensos investidores no potencial econômico e de crescimento do agronegócio. Os fóruns também elaboram medidas estratégicas para que o setor melhore o desempenho constantemente, ao passo que contribui para a geração de emprego e renda.

Os benefícios do agronegócio vão muito além da produção de alimentos. Insta reforçar que Mato Grosso se destaca em relação à produção sustentável. O Estado atrela a busca pela constante expansão com a conservação da vegetação nativa, recomposição dos passivos ambientais, inclusão socioeconômica da agricultura familiar e de povos tradicionais.

Ao contrário do discurso fácil e de senso comum, o agronegócio contribui em parcela significativa com a receita pública e dele depende grande parte da estabilização da economia do Estado. Trata-se do setor que mais fomenta o desenvolvimento de Mato Grosso.

É evidente que ainda há muito que melhorar: textos legislativos a serem apurados; posturas de alguns produtores; repasses da União; mecanismos de controle e fiscalização; mas, é necessário que essa reflexão seja na direção de propiciar o crescimento de Mato Grosso e do Brasil, bem como para desconstruir o imaginário de que o setor do agro não retorna riquezas aos cofres públicos; o segmento configura-se, sim, de outro norte, como um dos pilares que sustentam a, já tão dilacerada, economia nacional.

Fonte: Notícias Agrícolas

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Exportação do agronegócio do Brasil cresce 5,7% em outubro, diz ministério

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram 8,48 bilhões de dólares em outubro, alta de 5,7 por cento em relação ao mesmo mês de 2017, impulsionadas pelos embarques de soja, celulose e carne bovina, informou o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira.

As vendas externas do complexo soja (grão, farelo e óleo) cresceram 78,8 por cento em relação a outubro de 2017, somando 2,62 bilhões de dólares, com os embarques do grãos seguindo fortes pela demanda da China.

“A maior parcela desse valor foi gerada pelas exportações de soja em grãos, que alcançaram volume recorde para todos os meses de outubro com 5,35 milhões de toneladas (+115,1 por cento), o que resultou em uma cifra também recorde para o mês de outubro de 2,11 bilhões de dólares (+124,2 por cento)”, disse o ministério.

As vendas de carnes totalizaram 1,35 bilhão de dólares no período, uma redução de 5 por cento ante o mesmo mês do ano anterior. Houve aumento de 3,5 por cento no volume comercializado, com 608 mil toneladas.

O principal item negociado no mês foi a carne bovina, com 619 milhões de dólares (+3,3 por cento).

Em relação à quantidade, verificou-se novo recorde de comercialização da carne bovina in natura para os meses de outubro, com 136 mil toneladas negociadas, segundo o ministério.

Em terceiro lugar no ranking dos setores do agronegócio que mais exportaram em valor, os produtos florestais registraram a soma de 1,12 bilhão de dólares, com crescimento de 10,2 por cento ante mesmo mês do ano anterior. O principal produto negociado foi a celulose.

Fonte: Notícias Agrícolas